Novo projeto para ampliação do Aeroporto requer novos estudos sobre o impacto ambiental

Cerca de 40 pessoas, participaram na manhã desta quarta-feira (21/10) do debate realizada na Câmara de Nova Odessa sobre os impactos em relação ao projeto de ampliação do Aeroporto de Viracopos.
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Cerca de 40 pessoas, autoridades políticas e técnicos ligados ao meio ambiente e aviação, de Nova Odessa e região, participaram na manhã desta quarta-feira (21/10) do debate realizada na Câmara de Nova Odessa sobre os impactos em relação ao projeto de ampliação do Aeroporto de Viracopos.

Na abertura dos trabalhos, o presidente da Câmara José Mario Moraes (PMDB) comentou que a RMC (Região Metropolitana de Campinas) é referência quando o assunto é desenvolvimento no País. “A questão da ampliação de Viracopos deve ser melhor discutida, principalmente ao que se refere ao meio ambiente. Há necessidade de ampliação, mas o meio ambiente não pode ser prejudicado”, afirmou.

O presidente parabenizou o vereador Ângelo Roberto Réstio (PMDB), pela iniciativa de trazer a discussão para o município. O vereador vem acompanhando os trabalhos que tratam deste assunto desde fevereiro deste ano. “Já divulgaram a existência de um novo projeto, portanto queremos um novo estudo sobre o EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto ao Meio Ambiente)”, defendeu o Réstio.

Além dos parlamentares da Casa já citados, participaram também os vereador Gervásio de Brito (PDT) e Vanderlei Aparecido da Rocha (PDT), o Will. Contribuíram com as discussões Mozart Mascarenhas Alemão, consultor em engenharia de aviação; Carlos Carmelo Campregher, representante da Colônia Elvétia/ Friburgo; Mayla Porto, ex-presidente do Condema; Wolfgang Krause e Theodor Knor, da Agência Elo Ambiental (Valinhos); Dionete Santin, engenheira agrônoma e pesquisadora da Unicamp; Eneida Ramalho de Paula, Instituto Jequitibás; Márcia Correa, da Associação Protetora da Diversidade das Espécies; Valdir Terrazan, vereador de Campinas e Bruno Ganen, vereador de Indaiatuba.

Estes encontros têm sido realizados nas Câmaras da RMC, através do Movimento Viracopos Ético e Responsável (Mover). O grupo defende que o empreendimento trará um custo alto demais à população, com danos ambientais irreversíveis, além de afetar a cultura e história da região. Pois, prevê desapropriações, extinção de uma grande área de cerrado com toda sua fauna e flora, aumento do tráfego aéreo e terrestre, aumento do risco de acidentes, da poluição sonora, dos gases poluentes, de lixo, aumento de doenças e outras situações.

Mozart apresentou imagens do projeto, onde os presentes puderam visualizar com maior clareza o que se pretende fazer na área. “A primeira etapa é bastante grande, é quase um novo aeroporto”, comentou. Ele defendeu a idéia de refazer o estudo dentro de um plano de sustentabilidade.

Krause levantou o questionamento da necessidade de um macro aeroporto para atender todo o Brasil como esta sendo proposto ou manter um para atender a região e um outro como terminal de cargas.

Na explanação de Mayla Porto ela frisou que o grupo reivindica um meio ambiente equilibrado, pois isso é um direito de todos, está na Constituição. Em sua avaliação, o grupo deverá solicitar a elaboração de um novo EIA-RIMA, exigir que a sociedade debata o novo projeto, em audiências públicas; e que o governo revogue o decreto de desapropriação, uma vez que já anunciaram mudanças no projeto.

“O debate foi excelente, a cada encontro avançamos. A mudança no projeto é o reflexo da luta de algum tempo. O objetivo é expandir estas discussões o máximo possível, nas cidades que integram a RCM, pois todos nos seremos afetados”, afirmou Réstio.
 




Publicado por: Marineuza Lira