Após participar do curso de Preservação e Recuperação de Nascentes, ministrado pelo pesquisador da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) Rinaldo de Oliveira Calheiros, em parceria com a FundAg (Fundação de Apoio a Pesquisa Agrícola), o vereador Vagner Barilon (PSDB) se sentiu motivado a apresentar um projeto de lei que trate da reserva de água no município. O evento aconteceu no último dia 20, no auditório do Instituto de Zootecnia (IZ).
Foram abordados os assuntos: ações de conservação de água nos diferentes planos; formação dos mananciais ou depósitos de água; diferenciação dos lençóis freáticos e aqüíferos confinados; agentes de diminuição de recarga de água e da vazão de nascentes, riachos e rios; importância da mata ciliar; preservação e recuperação de nascentes, formas de contaminação de uma nascente; formas de captação de água, legislação e APP (Área de Preservação Permanente).
Um conceito que despertou a atenção do vereador refere-se a reposição da mata ciliar ao lado das nascentes, pois há uma preocupação em como desassorear o local depois. Também foi explicado que a nascente é vista como uma torneira, o acúmulo da água acontece mesmo no lençol freático. “Eu entendia que se conservássemos as nascentes teríamos água, mas isso não é garantia. A recarga d’água compreende em recolocar água no lençol freático”, frisou Barilon.
O palestrante comentou que existem países que remuneram quem conserva as nascentes, como é o caso de Costa Rica e Inglaterra. No Brasil, existe um trabalho experimental na cidade de Extrema (MG), para que se remunere toda a bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). “Alguns estudos mostram que a água que entra na terra, dependendo do ponto, demora até 10 anos para atingir a mina”, comentou o vereador.
O vereador citou que na época do inverno, na região mais alta do município, como os bairros Las Palmas e Acapulco, os poços caipiras secam, pelo rebaixamento do lençol freático daquela região. “É preciso encontrar formas para manter o fluxo de água no inverno”, frisou. “Pelo que o palestrante nos passou, a recarga d’água visa não deixar o lençol freático baixar. E essa recarga pode ser através de piscinas, meios artificiais, como se fossem caixas de contenção, para que a água fique na terra”, explicou o vereador. “O mais importante é a reposição da água no lençol freático”.
Para Barilon, o grande problema é que a população está impermeabilizando muito o solo. De acordo com ele, com o curso surgiram boas idéias para se criar uma lei municipal que incentive a recarga de água no município. O projeto deverá ter o nome de “Plantadores de Água” e o vereador pretende começar o estudo sobre o mesmo o mais breve possível, junto com seus colegas de bancada, Adriano Lucas Alves e José Carlos Belizário.
O objetivo é de fazer um estudo técnico sobre o reaproveitamento de água na cidade, que hoje não tem. O vereador disse ainda que vai solicitar da Administração um levantamento em relação as áreas que contém lençol freático, próximo as indústrias e se há possibilidade de contaminação.
Publicado em: 27 de novembro de 2009
Publicado por: Marineuza Lira
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Categoria: Notícias da Câmara
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