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ARTIGO: Puxando o gatilho



A jornalista Dora Kramer é uma das mais respeitadas e atuantes no cenário político nacional e em sua coluna de domingo passado, no Estadão, ela traduziu com fidelidade um pensamento que há tempos venho expondo na Câmara de Vereadores. Tomo aqui a liberdade de reproduzir trecho do citado texto:

“Calma no Brasil. O País está violento, intolerante, raivoso, necessitando urgentemente de um poder moderador/pacificador, cuja tarefa se inicia pela retomada de valores como legalidade, compromisso com a verdade, probidade, civilidade e respeito ao contraditório. O acirramento de ânimos pode ser eficaz na luta política, mas acaba contaminando a sociedade quando a dinâmica do conflito e do vale-tudo sem regras nem limites é incorporada como prática cotidiana no exercício do poder”.
 
Há algum tempo venho dizendo que a sociedade está intolerante, violenta. Lutamos muito pela democracia e a conquistamos. Hoje podemos nos manifestar, expor nossas ideia e vontades, mas para alguns, isso não basta. É preciso vandalizar, desrespeitar. Tivemos discussões na Casa de Leis que passaram dos limites. Cito isso por ser um clássico exemplo.
 
Dias atrás ocorreu um caso simbólico: uma senhora foi apedrejada no Guarujá. Toda essa violência começou por um compartilhamento de uma “notícia”, uma informação, no Facebook. Tiraram de forma cruel a vida de uma mãe de família. Duas crianças, uma menor de dois anos, perdeu a mãe de forma bárbara, cruel e injusta. Tudo por conta de uma informação inverídica divulgada e compartilhada no Facebook.
 
Isso fez lembrar-me do filme Trope de Elite 2. Quando o coronel Nascimento faz sua declaração na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, ele conta que matou muita gente, que a polícia matou muita gente, mas que não puxou o gatilho sozinho, mas sim que a sociedade puxou o gatilho junto.
 
O que estamos vendo na sociedade e no campo político é um reflexo da nossa sociedade que está intolerante e violenta. Uma das pessoas que participou do apedrejamento disse não saber que a mulher era inocente. Ora, se fosse culpada merecia ser linchada?
 
Este é um momento de reflexão para todos, momento para analisarmos que quando compartilhamos algo no Facebook sem termos consciência do que estamos fazendo, podemos estar cometendo uma injustiça contra alguém e, indiretamente, puxando o gatilho!
 
* Vagner Barilon tem 42 anos e é presidente da Câmara de Vereadores de Nova Odessa.


Publicado em: 16 de maio de 2014

Publicado por: * Vagner Barilon

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Categoria: Notícias da Câmara

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