“A educação bilíngue de surdos tem como público pessoas com deficiência auditiva sinalizantes, surdos, surdocegos, surdos com altas habilidades/superdotação e surdos com deficiências associadas que optam pela Língua Brasileira de Sinais. Envolve o respeito e a promoção da especificidade linguística e cultural dos educandos sinalizantes da Língua Brasileira de Sinais e a organização dos serviços educacionais disponíveis em classes bilíngues de surdos e em escolas bilíngues de surdos, garantindo, assim, a educação bilíngue que adota a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa escrita como segunda língua (L2)”, informa o vereador no texto do requerimento, que foi aprovado na sessão da última segunda-feira (23/08).
Ainda de acordo com o texto da propositura, “um ambiente escolar bilíngue não se constitui apenas de um espaço a ser adaptado para se tornar acessível aos surdos. Espaços educacionais bilíngues devem ser construídos com base no uso da Libras, que não deve ser utilizada como suporte de ensino, mas como base de uma reestruturação metodológica, cultural e linguística. Tal construção lança base para a organização da oferta de escolas bilíngues de surdos como espaços onde crianças e jovens surdos desenvolvam suas identidades e leituras de mundo como sujeitos sociais competentes, críticos e ativos”.