De acordo com o relato de Paola Zoraide Leopolino Ferneda, uma das mães que esteve com Pelé, a estrutura física da escola precisa de uma reforma geral. “O alambrado está caindo e coloca em risco os nossos filhos. A calçada está cheia de buraco, as crianças caem, se machucam. Os banheiros têm problemas, as paredes têm rachaduras”, contou.
Além disso, Paola contou que a escola precisa de dedetização porque é constantemente invadida por cupins e outros insetos. “Pediram pra gente passar repelente nas crianças porque a quantidade de pernilongos é muito grande”, completou a mãe.
Solange Flores Saad, que também é mãe de aluno, também apontou falhas. “As salas estão muito feias, sem pintura. Nem parece uma escola”, afirmou.
“Desde o ano passado eu já havia comentado com outras mães que o alambrado estava caindo. O parquinho não tem condições de uso, os brinquedos estão enferrujados. A escola tem espaço, poderia ter mais opções para que as crianças pudessem brincar já que elas ficam lá o dia todo”, completou.
Solange e Paola também apontaram a mudança do uniforme com um problema nesse ano em que muitas famílias sofrem as consequências da crise agravada pela pandemia. “Acredito que não precisava fazer isso agora, que tinha outras prioridades”, disse Paola.
Pelé afirmou que vai cobrar da prefeitura uma solução para os problemas apontados pelas mães. “Diante de tudo o que estou ouvindo, dessas e de outras mães e pais de alunos da escola da Vila, entendo que houve uma grande inversão de prioridades. Estão gastando milhões com lousas digitais enquanto as crianças estão sendo expostas em salas com mofo, rachaduras e outros problemas estruturais que afetam diretamente as condições de segurança das crianças. Vamos cobrar um posicionamento da prefeitura para resolver esses problemas”, disse Pelé.
DESTAQUE POSITIVO – As duas mães, embora tenham feito críticas à estrutura da escola e à falta de material pedagógico adequado, destacaram a qualidade profissional dos professores. “Deveriam ter materiais pedagógicos mais adequados para que os professores pudessem trabalhar com as crianças. Os professores são bons e dedicados”, disse Paola.