Vereador quer proteger mananciais de contaminações

O vereador Vagner Barilon (PSDB) está preocupado com possíveis contaminações no principal ponto de abastecimento de água de Nova Odessa: a área das Represas Lopes I e II. O parlamentar afirma que a área em questão e seu entorno têm a classificação de ZPI-2 (Zona de Produção Industrial 2), podendo futuramente abrigar empresas. Segundo Barilon, é preciso garantir que o local permaneça livre de potenciais fontes de contaminação, uma vez que apesar da imposição de restrições quanto à instalação de empresas sempre há o risco de haver acidentes, o que comprometeria aproximadamente 60% do abastecimento de água da cidade.

Na sessão de segunda-feira (30/5), o vereador Barilon teve aprovado requerimento apresentado junto de José Carlos Belizário (PSDB) e o presidente da Câmara, professor Adriano Lucas Alves (PSDB), solicitando da Prefeitura o fornecimento de memorial descritivo contendo os limites e confrontações desta área, incluindo parte da ZPI-2. Com as coordenadas, Barilon iniciará estudos para debater junto à comunidade novaodessense a alteração do zoneamento da área, com o intuito de protegê-la e passando-a novamente para Zona de Produção Agrícola – como já é a Represa Lopes III.

Conforme explica o líder do PSDB na Câmara, atualmente não há empreendimentos no local, mas nada impede que posteriormente se instalem empresas. “Hoje não tem indústrias, mas futuramente pode ter. Podemos dizer que, se nada for feito, os nossos mananciais estarão potencialmente em perigo”, alertou. O vereador explica que as três represas responsáveis pela maioria do abastecimento da cidade estão na área mais baixa do local.

Barilon cita que, caso não haja medidas restritivas e ocorrer a instalação de determinados tipos de empresas nas proximidades, os eventuais resíduos industriais produzidos poderão ser levados pelas chuvas até o leito dos mananciais, contaminando-os. “Toda água de enxurrada naquela localidade corre para as represas”, descreveu o tucano. “É o principal ponto de abastecimento de Nova Odessa. Temos que protegê-lo e evitar essa possibilidade futura”, completou.