Proibir a instalação de novas indústrias na Vila Azenha, jardim Fadel e São Jorge. Essa é a intenção do presidente da Câmara de Nova Odessa, Vagner Barilon (PSDB). Ele teve aprovado, essa semana, um requerimento na qual solicita informação ao prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza sobre a possibilidade de alterar o zoneamento dos três bairros, afim de que os locais sejam predominantemente residenciais.
De acordo com Barilon, a medida visa única e exclusivamente preservar a qualidade de vida de quem mora nos três bairros. Ele explica que a Vila Azenha, o Fadel e o São Jorge formam o primeiro ciclo de desenvolvimento da cidade. “A Vila Azenha e o São Jorge foram loteamentos aprovados por atos da Prefeitura de Americana, antes da emancipação política de Nova Odessa. Na época eram zonas mistas e permitia a instalação de indústrias”, explica Barilon.
Ele observa que, na época, era plausível que residências e estabelecimentos industriais existissem em uma mesma área. “Isso porque a cidade estava em estágio inicial de desenvolvimento. Mas hoje, com a expansão urbana, há loteamentos com características estritamente industriais e com infraestrutura necessária à nova realidade. Por isso, os bairros mais antigos, projetados para outra época, se tornaram inviáveis para indústrias”, explica Barilon.
Além da qualidade de vida de maneira geral, Vagner Barilon destaca o risco de acidentes com crianças e idosos. “São bairros residenciais com muitas crianças e idosos. Cada vez que se instala uma indústria, aumenta muito o tráfego de caminhões na localidade. Vejo que isso expõe crianças e idosos a acidentes”, faz o alerta Barilon.
Ele ressalta, contudo, que as empresas já instaladas nos três bairros não sofreriam com a mudança. “As que já estão instaladas permanecem. Nosso intuito é que a mudança de zoneamento proíba que novas empresas se instalem, tanto na Vila Azenha, quanto no Fadel e São Jorge”, observa.
Por fim Barilon lembra que a sugestão que ele encaminha ao prefeito visa apenas garantir o bem-estar dos moradores dos três bairros. “É questão de política de desenvolvimento urbano que tem como diretriz o bem-estar da população de forma geral. Não se trata de inviabilizar novas indústrias, apenas que eles venham para bairros mais apropriados para a atual realidade da nossa cidade”, completa o presidente.
